Se a gente parar para observar as nossas atitudes e as das pessoas a nossa volta, concluiremos sempre que quem quer fazer algo, arranja um meio, quem não quer, arranja desculpas. É, e sempre vai ser assim.... As pessoas se afastam sempre porque se magoam... a que fez a bobagem se afasta por orgulho, a que sofreu, por mágoa. Mas, se a gente parar um pouquinho e refletir, vai reparar que tanto o orgulho quanto a mágoa só fazem mal para nós mesmos... vc abandonaria um tesouro inteiro porque na hora que abriu o baú, esse cortou a sua mão? Lógico que não...no máximo deixaria o baú para trás e levaria o tesouro em sacolinhas e bolsos... Assim deveria ser a nossa vida também! Lidaremos todo momento com baús, mas também com tesouros... a gente não pode perde-los por bobagens. O fato é que eu não quero estar velha, e ter que perdoar e ser perdoada por erros cometidos agora. Já vacilei com MUITA gente...já tomei atitudes irrefletidas, por insegurança, das quais posso até me arrepender, mas não tenho como voltar atrás... Porque a vida é assim...Chaplin disse uma vez que “a vida não permite ensaios”, e eu sei que isso é verdade!! Não permite mesmo! Infelizmente... Nunca mais estarei como hoje, na situação que me encontro..e exatamente por isso gostaria de ter a oportunidade de dizer a todos que me desculpassem...pela mentira, pela dúvida, pela incerteza, pela inconstancia, pela fraqueza, pelo medo... pelas sacanagens, pelas covardias... por não ter sido amiga na hora certa... ou pelo que fiz e nem me lembro...afinal...quem bate logo esquece.
Estou entrando em outra fase de minha vida...uma fase que nem eu mesma sei explicar o porque, ou se é o que eu queria...mas, se não tenho como voltar atras e repensar...devo me esforçar para fazer dar certo... quero que seja uma fase nova...sem tanta coisa montada, e com mais realidade... porque hoje, eu gostaria de um mundo mais fácil, que desculpas fossem suficientes , que não existissem brigas, gostaria de não ter mais pelo que chorar, gostaria de não ter medo do amanhã e nem de precisar tanto de alguém que tão longe está... mas, queria antes de tudo...ser sempre feliz.
quarta-feira, maio 04, 2011
segunda-feira, abril 11, 2011
Quem vive de amor?
Analisando a minha vida, e de algumas pessoas a minha volta, me peguei fazendo a seguinte pergunta: Quem vive de amor? Por incrível que pareça, a resposta que me dei foi “ninguém”. Justo eu, que defendo tanto os sentimentos, os relacionamentos, a busca pela cara metade e a felicidade ao lado de outra pessoa. Mas a verdade nua e crua é que, de amor, NINGUÉM vive.
Vivemos de dinheiro, de roupas, sapatos, remédios, comida, casa, empregos... não de amor. Amor não enche barriga nem de bebê... na grávidez, se gasta um valor absurdo com remédios, vitaminas e alimentos especiais...amor não supre nem um décimo do que é necessário!!
Com base nisso, lanço aos amantes de plantão outra pergunta: Vale a pena ferrar com o restante de suas vidas por causa de 20 minutos de “amor”? Espero que pensem para responder.
Quando as coisas estão pegando fogo, seu corpo envolvido, seus sentimentos confusos... você não quer nada além de compartilhar isso tudo com o escolhido...e é justamente nesse momento que as bobagens são feitas!! Pode acreditar no que eu to falando...eu sei muito bem!!
O cérebro pode comandar todos os membros, mas ainda é muito pequeno para ter o controle total da adrenalina e emoção... Deixe-se levar e pronto... está feita a besteira! Lá vem as doenças...afinal ninguém tem garantia na testa. Ou bem menos mal, e mais comum... lá vem a gravidez..DISSO EU TAMBÉM ENTENDO... o fim das baladas, da curtição, a mudança no corpo, nas responsabilidades, em tudo. Isso para a mulher, porque pelo que eu tenho visto, pro cara a vida não muda em nada... lógico que para uma minoria, a vida muda..e muito... Mas, para a grande maioria, a vida continua cheia de baladas, zueira, azaração, e no máximo uma ligação a cada 15 dias apenas para poder reafirmar a participação e apoio. Meninas, a vida de vocês é que fode por inteiro...a deles NÃO! E vai ser sempre assim... eles poderão ser pais até presentes...mas, quem vai ser sempre mãe solteira, que vai cuidar de madrugada de criança doente... Vai ser você!! Não se iluda!!
E como é bonitinho pensar que o amor vai resolver tudo..que o cara vai ver o bebê ou sua barriga enorme, e pronto... vai largar tudo.. que será o pai do ano *-*
Amor é muito fofo, mas a vida é muito mais que isso. Você precisa de alguém do seu lado...mais do que casa e comida, você vai sentir total necessidade de apoio. É dificil pra quem estar de longe entender isso...mas, acredite em mim... é o que você precisa! E não é só apoio de pai , mãe e amigos.. é de um apoio diferente...alguém que está disposto a mudar a vida junto com você!! A vida é uma escola enorme, na qual você aprende matérias novas e faz provas difíceis a todos os momentos. Na vida, uma nota vermelha as vezes pode nunca ser recuperada, enquanto as recuperações podem ser extremamente complicadas e, muitas vezes, você nem tem direito a prova final. Por isso vale a pena pensar muito antes de marcar suas questões de múltipla escolha, escrever suas redações ou dissertar sobre o que prefere. E, sempre é bom não esquecer de colocar em prática o que aprendeu. Aluno bom não comete o mesmo erro duas vezes, porque sabe que a reprovação pode vir a qualquer momento.
Vivemos de dinheiro, de roupas, sapatos, remédios, comida, casa, empregos... não de amor. Amor não enche barriga nem de bebê... na grávidez, se gasta um valor absurdo com remédios, vitaminas e alimentos especiais...amor não supre nem um décimo do que é necessário!!
Com base nisso, lanço aos amantes de plantão outra pergunta: Vale a pena ferrar com o restante de suas vidas por causa de 20 minutos de “amor”? Espero que pensem para responder.
Quando as coisas estão pegando fogo, seu corpo envolvido, seus sentimentos confusos... você não quer nada além de compartilhar isso tudo com o escolhido...e é justamente nesse momento que as bobagens são feitas!! Pode acreditar no que eu to falando...eu sei muito bem!!
O cérebro pode comandar todos os membros, mas ainda é muito pequeno para ter o controle total da adrenalina e emoção... Deixe-se levar e pronto... está feita a besteira! Lá vem as doenças...afinal ninguém tem garantia na testa. Ou bem menos mal, e mais comum... lá vem a gravidez..DISSO EU TAMBÉM ENTENDO... o fim das baladas, da curtição, a mudança no corpo, nas responsabilidades, em tudo. Isso para a mulher, porque pelo que eu tenho visto, pro cara a vida não muda em nada... lógico que para uma minoria, a vida muda..e muito... Mas, para a grande maioria, a vida continua cheia de baladas, zueira, azaração, e no máximo uma ligação a cada 15 dias apenas para poder reafirmar a participação e apoio. Meninas, a vida de vocês é que fode por inteiro...a deles NÃO! E vai ser sempre assim... eles poderão ser pais até presentes...mas, quem vai ser sempre mãe solteira, que vai cuidar de madrugada de criança doente... Vai ser você!! Não se iluda!!
E como é bonitinho pensar que o amor vai resolver tudo..que o cara vai ver o bebê ou sua barriga enorme, e pronto... vai largar tudo.. que será o pai do ano *-*
Amor é muito fofo, mas a vida é muito mais que isso. Você precisa de alguém do seu lado...mais do que casa e comida, você vai sentir total necessidade de apoio. É dificil pra quem estar de longe entender isso...mas, acredite em mim... é o que você precisa! E não é só apoio de pai , mãe e amigos.. é de um apoio diferente...alguém que está disposto a mudar a vida junto com você!! A vida é uma escola enorme, na qual você aprende matérias novas e faz provas difíceis a todos os momentos. Na vida, uma nota vermelha as vezes pode nunca ser recuperada, enquanto as recuperações podem ser extremamente complicadas e, muitas vezes, você nem tem direito a prova final. Por isso vale a pena pensar muito antes de marcar suas questões de múltipla escolha, escrever suas redações ou dissertar sobre o que prefere. E, sempre é bom não esquecer de colocar em prática o que aprendeu. Aluno bom não comete o mesmo erro duas vezes, porque sabe que a reprovação pode vir a qualquer momento.
domingo, março 20, 2011
A descrição de uma nova fase
Esperar por uma vida é como desembrulhar um pedacinho do pacote a cada dia, um pacote que você se intriga a cada vez que olha, pois descobre que o seu conteúdo é sempre mais estimulante, mais perfeito e mais maravilhoso do que você poderia imaginar. Você pode ler todos os livros, escutar conselhos, fazer cursos, e mesmo assim parece que nada é suficiente! Tudo é muito novo... nada foi preparado...Você se olha, e se vê tão jovem, e mesmo dando o melhor de si, se sente nervosa frente ao tamanho gigantesco da responsabilidade que essa pequena criatura te dá. Nada mais será como antes... é claro que você ainda estará envolvida com seus estudos, amizades, interesses, o mundo... assim como sempre foi! Com a exceção de que, de agora em diante, haverá SEMPRE uma prioridade. Um cantinho da sua mente nunca mais se ocupará com outro assunto. Mesmo quando já puder tocar, ter nos braços...isso apenas ampliará o conceito de que já não existe mais o "eu", e a realidade agora é "nós". Estou me esforçando para aprender que terei de amar de uma forma muito diferente- no mundo das mamadeiras, das fraudas e cólicas- Mas, não será tão dificil. Existem algumas pessoas que eu posso contar... foram lágrimas, MUITAS lágrimas, medos, risos, conversas... tanta coisa compartilhada. Ouvi tantos conselhos e consolos...tanto apoio incondicional. As vezes eu me sinto mal, queria que alguém curtisse comigo... parasse para me escutar falar de nomes, exames e coisas de bebe...mas, é sempre mais fácil dizer que está ao meu lado do que realmente estar...cada um faz suas escolhas..e enquanto alguns conhecem novas coisas na vida, novas pessoas ou lugares...eu conheço a sensação de querer comer de tudo e nada ao mesmo tempo, a vontade incontrolável de chorar ao ver noticias ruins sobre crianças e a sensação estranha e emocionante de aos poucos ir me tornando mãe. Mas, outras pessoas já sentem o cheirinho e falam sobre o primeiro tudo...O bebe tem uma mãe coruja, uma familia que o ama muito, 500 nomes para serem votados, uma porção de titios e titias, título de mascote de republica...
Embora eu já tenha feito mil resoluções a respeito de “ com gentileza, mas com firmeza”...”não permitir que a criança comande a vida e decida tudo” , eu sinto que mesmo sem armas e com muito pouca força... o seu sorriso me convencerá de tudo!
Hoje, eu olho para uma foto preta e manchada de ultrasonografia e penso“como foi possivel viver sem você até agora?!
É tão pequeno, mas é a base da minha vida, o pivô do meu universo. É como se aquela foto registrasse toda a minha existência. E por essa vidinha, eu dou a minha com todo o prazer. Eu não sabia que seria assim. Ninguém jamais poderia me contar...não há como descrever o medo da responsabilidade e o amor incontrolável.
A essencia da minha vida mudou!!
Embora eu já tenha feito mil resoluções a respeito de “ com gentileza, mas com firmeza”...”não permitir que a criança comande a vida e decida tudo” , eu sinto que mesmo sem armas e com muito pouca força... o seu sorriso me convencerá de tudo!
Hoje, eu olho para uma foto preta e manchada de ultrasonografia e penso“como foi possivel viver sem você até agora?!
É tão pequeno, mas é a base da minha vida, o pivô do meu universo. É como se aquela foto registrasse toda a minha existência. E por essa vidinha, eu dou a minha com todo o prazer. Eu não sabia que seria assim. Ninguém jamais poderia me contar...não há como descrever o medo da responsabilidade e o amor incontrolável.
A essencia da minha vida mudou!!
quinta-feira, fevereiro 17, 2011
Hoje eu descobri que o tempo não cura nada!
Hoje eu descobri que o tempo não cura nada!
É duro dizer isso, mas não cura mesmo!
A única coisa que ele faz é transferir a importância! Mais ou menos assim, ele faz com que os novos acontecimentos e as novas pessoas, reduzam a importância de anteriores!
É duro dizer isso, mas não cura mesmo!
A única coisa que ele faz é transferir a importância! Mais ou menos assim, ele faz com que os novos acontecimentos e as novas pessoas, reduzam a importância de anteriores!
quarta-feira, fevereiro 16, 2011
Homem perfeito?
Inteligente, gentil, com um sorriso encantador ... Nunca é duro ou cruel, nunca é desleixado! Gosta de criança e brinca com elas com muito amor. Será um bom pai e um parceiro apaixonado. Cozinha, e faz a cama. E fará qualquer coisa para dizer que ama. É suave, amigo da sogra, tem um pouco de mistério, é solicito e fiel, tem energia, é amante e amigo. Nunca irá te abandonar, e você terá enorme domínio sobre ele!
Quer o homem perfeito? Compre o “Ken”. Você ainda pode escolher a versão loiro com carro, ou moreno com iate.
Quer o homem perfeito? Compre o “Ken”. Você ainda pode escolher a versão loiro com carro, ou moreno com iate.
O que mais eu quero?
Tenho feito essa pergunta e descoberto que a resposta é muito mais deliciosa do que eu imaginava. Não há nada demais em desejar a primeira vez outra vez. O primeiro beijo em alguém que não conheço a primeira caminhada em uma nova cidade, ao lado de uma companhia encantadora, a primeira estréia em algo que nunca fiz. Há alguns dias ando desfazendo as virgindades que carrego em mim, e o resultado?
Estou tendo sensações inéditas todos os dias.
Acredito que o que aflige é morrer todo dia um pouquinho, sufocada nas obrigações de ser melhor.Eu afirmo que a reconciliação com os defeitos e fraquezas, arejar a própria biografia, deixar vazar idéias que não são abençoáveis é uma delícia.
Pensar assim tem feito bem para mim. Já não me sinto tão responsável pelo que acontece ao meu redor. Estou conseguindo compreender e aceitar que não tenho controle sobre as emoções de outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e que também dão certo. A verdade é que eu estou me permitindo ser insignificante. Pelo menos um pouco, e estou adorando.
E na minha insignificância, acordo tarde, falo quando quero, e ignoro quando quero sem dar explicação, converso com estranhos no pátio da faculdade, me divirto fazendo coisas que nunca imaginei, deixei de ser misteriosa para algumas pessoas e me conecto a cada momento com as diversas possibilidades que tenho de existir. E, se surgir a pergunta “o que eu quero mais? A resposta será: “ me escutar e obedecer o meu lado mais transgressor, menos comportadinho, menos refém de etiquetas familiares e sociais, amigos, bolos de aniversário e despertadores na segunda-feira de manhã. E também quero mais tempo livre. E mais abraços. E mais pessoas. E mais beijos. E mais flores.
Pois é, ninguém está satisfeito. Ainda bem.
Estou tendo sensações inéditas todos os dias.
Acredito que o que aflige é morrer todo dia um pouquinho, sufocada nas obrigações de ser melhor.Eu afirmo que a reconciliação com os defeitos e fraquezas, arejar a própria biografia, deixar vazar idéias que não são abençoáveis é uma delícia.
Pensar assim tem feito bem para mim. Já não me sinto tão responsável pelo que acontece ao meu redor. Estou conseguindo compreender e aceitar que não tenho controle sobre as emoções de outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e que também dão certo. A verdade é que eu estou me permitindo ser insignificante. Pelo menos um pouco, e estou adorando.
E na minha insignificância, acordo tarde, falo quando quero, e ignoro quando quero sem dar explicação, converso com estranhos no pátio da faculdade, me divirto fazendo coisas que nunca imaginei, deixei de ser misteriosa para algumas pessoas e me conecto a cada momento com as diversas possibilidades que tenho de existir. E, se surgir a pergunta “o que eu quero mais? A resposta será: “ me escutar e obedecer o meu lado mais transgressor, menos comportadinho, menos refém de etiquetas familiares e sociais, amigos, bolos de aniversário e despertadores na segunda-feira de manhã. E também quero mais tempo livre. E mais abraços. E mais pessoas. E mais beijos. E mais flores.
Pois é, ninguém está satisfeito. Ainda bem.
Sábado de sol...
Fim de semana. Desses em que toda a família resolve se reunir... tios discutem futebol, alguns primos ficam na piscina, outros perto dos pais, jogando truco e dando pitacos no assunto. As mulheres ficam pela cozinha e sala...algumas trocam receitas e comentam sobre aqueles agregados ocasionais, namorados de sobrinhas e amigos da família.
Eu, pela primeira vez, resolvi reparar como a minha família era previsível... afinal, já sabia que logo sairia a mesma carne de sempre da churrasqueira, os mesmos pratos da cozinha e até os assuntos seriam parecidos. Mas, isso não faz de minha família menos divertida ou animada, pelo contrário.
Começei a observar uma pessoa em especial...uma “agregada” por assim dizer. Esposa de um primo. Lá estava ela, com a mesma atitude nada sociável de sempre, a sua cara é de enterro. Quieta, olhava para a parede como se procurasse ali a resposta para as perguntas de sua cabeça. Com certeza, ela martelava “o que estou fazendo aqui?”.
De soslaio, flagrei minha tia, que no papel de sogra é implicada e boa víbora, embora seja um amor de pessoa, e ao observar a cena, ela comentava : “ Olha essa menina. Nunca está satisfeita com nada. Vive com essa cara. Tinha tudo para ser feliz. Dinheiro,Marido, Saúde. O que mais ela pode querer?”
Cena comum também, afinal nada é tão fácil quanto resumirmos a vida de outra pessoa e achar que ela não pode querer nada mais. Fulana é linda, jovem e tem um corpaço, o que mais ela quer? Sicrana ganha rios de dinheiro, é valorizada no trabalho e vive viajando, o que é que lhe falta?
Imaginei a agregada levantando e dizendo, talvez o que eu gostaria de dizer.Imagine que nada clichê seria se ela confessasse que quer muito mais. Que quer não ter nenhuma condescendência com o tédio, não ser forçada a aceitá-lo na rotina como um inquilino inevitável. A cada manhã, exigindo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.
Se ela dissesse que o grande problema da vida prática e sensata é que rouba o direito ao desatino, e que a frustração da maturidade é o conformismo. E que o comportamento dela é apenas prova de que não tem nem medo, nem vergonha de desejar.Acho que isso sim seria motivo para texto. Ela seria incrível, e eu viraria sua fã.
Eu, pela primeira vez, resolvi reparar como a minha família era previsível... afinal, já sabia que logo sairia a mesma carne de sempre da churrasqueira, os mesmos pratos da cozinha e até os assuntos seriam parecidos. Mas, isso não faz de minha família menos divertida ou animada, pelo contrário.
Começei a observar uma pessoa em especial...uma “agregada” por assim dizer. Esposa de um primo. Lá estava ela, com a mesma atitude nada sociável de sempre, a sua cara é de enterro. Quieta, olhava para a parede como se procurasse ali a resposta para as perguntas de sua cabeça. Com certeza, ela martelava “o que estou fazendo aqui?”.
De soslaio, flagrei minha tia, que no papel de sogra é implicada e boa víbora, embora seja um amor de pessoa, e ao observar a cena, ela comentava : “ Olha essa menina. Nunca está satisfeita com nada. Vive com essa cara. Tinha tudo para ser feliz. Dinheiro,Marido, Saúde. O que mais ela pode querer?”
Cena comum também, afinal nada é tão fácil quanto resumirmos a vida de outra pessoa e achar que ela não pode querer nada mais. Fulana é linda, jovem e tem um corpaço, o que mais ela quer? Sicrana ganha rios de dinheiro, é valorizada no trabalho e vive viajando, o que é que lhe falta?
Imaginei a agregada levantando e dizendo, talvez o que eu gostaria de dizer.Imagine que nada clichê seria se ela confessasse que quer muito mais. Que quer não ter nenhuma condescendência com o tédio, não ser forçada a aceitá-lo na rotina como um inquilino inevitável. A cada manhã, exigindo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.
Se ela dissesse que o grande problema da vida prática e sensata é que rouba o direito ao desatino, e que a frustração da maturidade é o conformismo. E que o comportamento dela é apenas prova de que não tem nem medo, nem vergonha de desejar.Acho que isso sim seria motivo para texto. Ela seria incrível, e eu viraria sua fã.
segunda-feira, janeiro 24, 2011
Para sempre enquanto durar
O filme terapia do amor, está entre o hall dos meus preferidos, por razões simples... além de nos proporcionar risadas e reflexões, narra uma relação onde uma mulher de 37 e um cara de 23 combinam e funcionam que é uma maravilha...
Essa história de mulher mais velha com garotinho até que daria bons textos, mas, no momento não é esse o enfoque que quero dar ao filme... nem mesmo falar sobre sogras ou outras pessoas que sempre atrapalham os pombinhos...No meu ponto de vista, a parte mais interessante do filme, é sem dúvidas, a decisão que o casal faz de viver um relacionamento sabendo que ele vai terminar ali adiante, mas, que mesmo assim vale a pena, e que não será tempo perdido. Fomos todos criados pensando no “para sempre”, como se o único objetivo de nossas vidas fosse o de constituir família. Quando é, convém sim pensar a longo prazo... só que melhor ainda é quando decidimos estar felizes naquele momento, mesmo sabendo que a religião, a idade, a condição social, a distancia, a personalidade, as expectativas ou as ideologias irão encurtar a história.
A frase da personagem de Maryl Streep , no final do filme, pode até parecer afronta aos eternos românticos, mas, é inteligente e real... “podemos amar, aprender muito com esse amor e partir para outra”... o compromisso com a eternidade é opcional...
É assim que estou me sentindo hoje, como se após conversar por horas com alguns amigos, me desculpar e esclarecer questões...estivesse enterrando fatos e pessoas.
Isso não é infantilidade, nem gostar pouco.. é ter gostado tanto de gostar livremente, que tomo como opção de vida! Pelo menos por enquanto
Essa história de mulher mais velha com garotinho até que daria bons textos, mas, no momento não é esse o enfoque que quero dar ao filme... nem mesmo falar sobre sogras ou outras pessoas que sempre atrapalham os pombinhos...No meu ponto de vista, a parte mais interessante do filme, é sem dúvidas, a decisão que o casal faz de viver um relacionamento sabendo que ele vai terminar ali adiante, mas, que mesmo assim vale a pena, e que não será tempo perdido. Fomos todos criados pensando no “para sempre”, como se o único objetivo de nossas vidas fosse o de constituir família. Quando é, convém sim pensar a longo prazo... só que melhor ainda é quando decidimos estar felizes naquele momento, mesmo sabendo que a religião, a idade, a condição social, a distancia, a personalidade, as expectativas ou as ideologias irão encurtar a história.
A frase da personagem de Maryl Streep , no final do filme, pode até parecer afronta aos eternos românticos, mas, é inteligente e real... “podemos amar, aprender muito com esse amor e partir para outra”... o compromisso com a eternidade é opcional...
É assim que estou me sentindo hoje, como se após conversar por horas com alguns amigos, me desculpar e esclarecer questões...estivesse enterrando fatos e pessoas.
Isso não é infantilidade, nem gostar pouco.. é ter gostado tanto de gostar livremente, que tomo como opção de vida! Pelo menos por enquanto
sexta-feira, janeiro 21, 2011
“Uma mentira estraga mil verdades.”
Já escutei essa frase um milhão de vezes, e me lembro até mesmo de te-la usado quando censurava as mentiras que me foram contadas.
Aliás, quando isso me acontece, fico pocessa. Normalmente me afasto da pessoa, a julgo fraca, cruel ou desonesta. Mas hoje, a única coisa que eu gostaria é de parar totalmente de pensar. Salve a ficção, a casa de todos os delírios. Que tal temporariamente parar de pensar?
Assim, eu acordaria e não me martirizaria, não me olharia no espelho e me culparia. Aliás, espelho é algo que não quero olhar tão cedo… quanto me sinto mal, e fico magoada comigo mesma, acabo me castigando… talvez incoscientimente… mas, agora me encontro com o esmalte descascado, espinhas e olheiras e o cabelo ao natural, sem nem mesmo uma escova. Dane-se isso tudo. Agora passo no espelho e não dou a mínima para o que vejo. Talvez minha aparencia externa deveria mesmo ficar como a interna, afinal lobo em pele de cordeiro continua sendo carnívoro.
Quando cometemos um erro, temos que estar prontos para conserta-lo, e isso eu aprendi desde pequena. Me lembro da vez em que cortei o cabelo de uma boneca que não era minha, simplemente porque a achei feia O resultado? Minha mãe deu a minha para a outra criança, e eu fiquei com a mais feia, e, ainda por cima, careca. Eu deveria, nesse momento, ter apredido a ser menos cruel. Mas não… nesses ultimos tempos, andei cortando uns cabelos que eu não deveria… no sentido figurado, é lógico… e como resultado? Eu é que terei que usar as perucas.
Na nossa vida, as coisas são básicamente assim, como a lei da ação e reação. Estamos a todo momento tentando salvar nossos sonhos e desejos. Mas ninguém nos indica o caminho correto. Por isso, em comum, todos temos apenas a errância. Todos temos que ir em frente, em busca, ir atrás… mas, ir aonde? Somos obrigados a estar em movimento, mas ninguém nos indica o caminho mais seguro.
Peço, pelo amor de Deus, que nesse momento o telefone toque, que esse capitulo se encerre, e que eu nem mesmo conclua esse texto… mas sei que isso não acontecerá.
Sabe por que? Porque assim como uma gota de veneno estraga um banquete inteiro, a mentira estraga toda uma relação.
Qualquer que seja a mentira, é contado com o proposito de ofuscar nossa ignorancia, insegurança ou covardia. No meu caso, ela teve os três propósitos.
Se eu gostava, e nem posso dizer que não gosto, porque disfarcei tanto com frases limitantes? Tudo que eu gostaria de dizer era apenas “me dê a sua mão.”. Queria ter intimidade, mas evitava contatos muito intimos, não queria me machucar, mas continuava usando sapatos que machucam. Eu sou um “quero e não quero” o tempo todo, e os meus desejos mais secretos são misteriosos até para mim mesma.
Como diz no provérbio chines, muitas pessoas mentem com o intuito de não fazerem a outra sofrer, mas não percebem que isso é o mesmo que dizer “você não tem nenhuma importancia para mim”
Talvez tenha sido isso que eu disse, mas não queria dizer… até porque, isso também seria uma mentira. Porém, isso foi tão involuntário quanto minha respiração.
Agora, o resultado?
Descobri que as mentiras são como pedras que colocamos em nossa mochila da vida, e que no final, quando estamos cansados e sem forças, somos nós mesmos que temos que carrega-las."
Talvez eu devesse te procurar, olhar nos seus olhos e te pedir desculpas, te dizer que errei por medo de perder, e que perdi… te convencer que com os meus erros, ainda posso ter acertos, te obrigar a confiar em mim, te dizer o quanto gosto hoje de você, e que sei que se o tempo passar, isso vai morrer, mas que me faz tão bem e tão feliz gostar de alguém simples e normal como você, que ao seu lado me sinto tão viva que embora eu tenha apenas mais um mês com você por perto, viveria esse tempo de forma especial e verdadeira, pois além de todo o romance, existe em você um de meus melhores amigos… Mas isso, ahhh… isso seria muita verdade para mim, que estraguei tudo com algumas mentiras.
Aliás, quando isso me acontece, fico pocessa. Normalmente me afasto da pessoa, a julgo fraca, cruel ou desonesta. Mas hoje, a única coisa que eu gostaria é de parar totalmente de pensar. Salve a ficção, a casa de todos os delírios. Que tal temporariamente parar de pensar?
Assim, eu acordaria e não me martirizaria, não me olharia no espelho e me culparia. Aliás, espelho é algo que não quero olhar tão cedo… quanto me sinto mal, e fico magoada comigo mesma, acabo me castigando… talvez incoscientimente… mas, agora me encontro com o esmalte descascado, espinhas e olheiras e o cabelo ao natural, sem nem mesmo uma escova. Dane-se isso tudo. Agora passo no espelho e não dou a mínima para o que vejo. Talvez minha aparencia externa deveria mesmo ficar como a interna, afinal lobo em pele de cordeiro continua sendo carnívoro.
Quando cometemos um erro, temos que estar prontos para conserta-lo, e isso eu aprendi desde pequena. Me lembro da vez em que cortei o cabelo de uma boneca que não era minha, simplemente porque a achei feia O resultado? Minha mãe deu a minha para a outra criança, e eu fiquei com a mais feia, e, ainda por cima, careca. Eu deveria, nesse momento, ter apredido a ser menos cruel. Mas não… nesses ultimos tempos, andei cortando uns cabelos que eu não deveria… no sentido figurado, é lógico… e como resultado? Eu é que terei que usar as perucas.
Na nossa vida, as coisas são básicamente assim, como a lei da ação e reação. Estamos a todo momento tentando salvar nossos sonhos e desejos. Mas ninguém nos indica o caminho correto. Por isso, em comum, todos temos apenas a errância. Todos temos que ir em frente, em busca, ir atrás… mas, ir aonde? Somos obrigados a estar em movimento, mas ninguém nos indica o caminho mais seguro.
Peço, pelo amor de Deus, que nesse momento o telefone toque, que esse capitulo se encerre, e que eu nem mesmo conclua esse texto… mas sei que isso não acontecerá.
Sabe por que? Porque assim como uma gota de veneno estraga um banquete inteiro, a mentira estraga toda uma relação.
Qualquer que seja a mentira, é contado com o proposito de ofuscar nossa ignorancia, insegurança ou covardia. No meu caso, ela teve os três propósitos.
Se eu gostava, e nem posso dizer que não gosto, porque disfarcei tanto com frases limitantes? Tudo que eu gostaria de dizer era apenas “me dê a sua mão.”. Queria ter intimidade, mas evitava contatos muito intimos, não queria me machucar, mas continuava usando sapatos que machucam. Eu sou um “quero e não quero” o tempo todo, e os meus desejos mais secretos são misteriosos até para mim mesma.
Como diz no provérbio chines, muitas pessoas mentem com o intuito de não fazerem a outra sofrer, mas não percebem que isso é o mesmo que dizer “você não tem nenhuma importancia para mim”
Talvez tenha sido isso que eu disse, mas não queria dizer… até porque, isso também seria uma mentira. Porém, isso foi tão involuntário quanto minha respiração.
Agora, o resultado?
Descobri que as mentiras são como pedras que colocamos em nossa mochila da vida, e que no final, quando estamos cansados e sem forças, somos nós mesmos que temos que carrega-las."
Talvez eu devesse te procurar, olhar nos seus olhos e te pedir desculpas, te dizer que errei por medo de perder, e que perdi… te convencer que com os meus erros, ainda posso ter acertos, te obrigar a confiar em mim, te dizer o quanto gosto hoje de você, e que sei que se o tempo passar, isso vai morrer, mas que me faz tão bem e tão feliz gostar de alguém simples e normal como você, que ao seu lado me sinto tão viva que embora eu tenha apenas mais um mês com você por perto, viveria esse tempo de forma especial e verdadeira, pois além de todo o romance, existe em você um de meus melhores amigos… Mas isso, ahhh… isso seria muita verdade para mim, que estraguei tudo com algumas mentiras.
Há pessoas muito intrometidas...
Quem nunca, no seu dia a dia, se deparou com alguém que começa a maioria das frases com :"Eu acho que", ou "Na minha opinião" ou ainda "Eu, no seu lugar".. sem nós termos sequer perguntado algo.
Isso não é ser amigo, nem ser sincero ou preocupado. Isso é ser prepotente, arrogante,imponente.
Não venha com esse papo de que é por amizade, ou por questão de personalidade.
Até porque eu também já experimentei, e sei muito bem o gostinho saboroso de se meter na vida alheia. Mas, uma hora tudo passa dos limites.
As pessoas esquecem que é preciso saber, parar, escutar, ouvir...antes de concluir.
Esquecem-se de usar a sabedoria, a inteligência e a compaixão.
O resultado? Ficam muito aquém, são limitadas.
Será que é uma forma de se imporem?
Agora é assim, passo ao lado, mas, são-me indiferentes!
Então, porque hoje escrevo sobre elas?
Para você, que está lendo isto, reconhecer de longe, quando na vida, lhe aparecer "Sem querer me meter...", ou "É esse o meu ponto de vista sobre isso"
Isso não é ser amigo, nem ser sincero ou preocupado. Isso é ser prepotente, arrogante,imponente.
Não venha com esse papo de que é por amizade, ou por questão de personalidade.
Até porque eu também já experimentei, e sei muito bem o gostinho saboroso de se meter na vida alheia. Mas, uma hora tudo passa dos limites.
As pessoas esquecem que é preciso saber, parar, escutar, ouvir...antes de concluir.
Esquecem-se de usar a sabedoria, a inteligência e a compaixão.
O resultado? Ficam muito aquém, são limitadas.
Será que é uma forma de se imporem?
Agora é assim, passo ao lado, mas, são-me indiferentes!
Então, porque hoje escrevo sobre elas?
Para você, que está lendo isto, reconhecer de longe, quando na vida, lhe aparecer "Sem querer me meter...", ou "É esse o meu ponto de vista sobre isso"
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